EVOLUÇÃO DA REPRODUÇÃO ANALÓGICA?
Já estamos acostumados com as constantes atualizações e evoluções de softwares e formas de transmissão, certo? E se eu disser que vem um novo disco aí? Sim, um disco físico, muito parecido com o vinil que foi usado até o final dos anos 90.
A nova proposta é uma criação do músico, compositor e produtor americano T-Bone Burnett com o artista Bob Dylan. Quem os acompanha mais de perto sabe que tocaram e excursionaram juntos na década de 1970.
A novidade da vez é um disco de alumínio envernizado com ranhura em espiral, cujas faixas partem de fora para dentro da peça, como se fosse realmente uma evolução do disco de vinil. A diferença aqui é que esse novo disco oferece uma qualidade superior ao LP e a qualquer outro meio, incluindo transmissão digital.
A foto de divulgação mostra Burnett segurando sua criação, com sulcos visíveis na superfície, sugerindo que a reprodução será de forma analógica.
O nome patenteado do projeto é Ionic Originals e os primeiros discos contarão com clássicos regravados do Bob Dylan ao lado de Burnett.
Ao descrever o som transmitido, Burnett afirma ter mais profundidade, complexidade harmônica, ressonância e melhor imagem. Ele também afirma que o som tem mais sensação, personalidade e toque.
No entanto, nem tudo flui nos seus discursos. Apesar das qualidades do vinil (que é o que podemos usar de exemplo), o som analógico não possui mais profundidade que o digital. Além disso, as questões ambientais também devem ser consideradas.
Como temos poucas informações, ficamos na dúvida: será que vamos poder tirar o toca-discos do armário? Ou ele vai demandar de um reprodutor especial? Vamos esperar os próximos capítulos dessa história.